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A redoma de vidro de Sylvia Plath: sufocante e belo [sinopse]

A redoma de vidro capa

O que você vai ver nesse conteúdo:

Não faz duas horas que acabei de ler A Redoma de vidro, de Sylvia Plath e estou sentada, quieta na frente do computador, sem conseguir dizer uma palavra. Confesso que o impacto que o livro teve sobre mim superou todas as minhas (altas) expectativas. É um livro melancólico, forte, absolutamente bonito.

 

Neste post, eu trago uma sinopse do livro, falo um pouco sobre a autora e sobre os motivos pelos quais você deve ler “A redoma de vidro” antes de morrer. Pega o café e vem comigo!

Do que fala A redoma de vidro?

A obra, que já é considerada um clássico da literatura moderna, aborda temas como a identidade, a sexualidade, a loucura e a morte.

 

A trama conta a história de Esther Greenwood, uma jovem estudante de literatura que ganha uma bolsa para estagiar em uma revista de moda em Nova York.

 

Apesar de ter uma vida aparentemente perfeita, Esther se sente vazia, angustiada e incapaz de se adaptar às expectativas da sociedade. Ela sofre de uma crise existencial que se agrava com o retorno à sua cidade natal, onde enfrenta a pressão da família, dos amigos e dos namorados.

 

Esther entra em um processo de isolamento e desespero, que culmina em uma tentativa de suicídio e uma internação em uma clínica psiquiátrica. O livro é narrado em primeira pessoa, o que nos permite acompanhar os pensamentos e sentimentos de Esther, que se torna cada vez mais distante da realidade e de si mesma.

 

A linguagem é simples, mas ao mesmo tempo irônica, direta e poética. A autora usa metáforas e imagens que expressam a dor e a resistência de Esther, como a redoma de vidro que a separa do mundo e a sufoca.

Por que devemos ler esse livro?

Folheei as primeiras páginas há uns meses e senti que precisava aguardar o momento exato para apreciá-lo com toda a atenção e cuidado que ele merecia. Foi a minha primeira leitura de férias.

 

É um livro que mostra a realidade de muitas mulheres que sofrem de depressão, um relato honesto e corajoso de uma mente em colapso.

Talvez por isso o livro tem feito um estrondoso sucesso. A personagem usa as palavras como uma forma de expressar seu desconforto e dessa forma nos identificamos, nos vemos nela, ao passo que o relato dela destrava ferramentas novas para a nossa compreensão do mundo.

 

Além disso, o livro também retrata o contexto histórico e social da década de 50, marcado pela Guerra Fria, pelo consumismo, pelo conservadorismo e pelo surgimento da cultura pop.

 

Esther se rebela contra o papel de esposa e mãe submissa, buscando sua independência e sua realização profissional.

 

Ela também se interessa por temas como a política, a literatura, a ciência e a sexualidade, que são considerados tabus ou inadequados para uma moça de sua idade e classe social.

Em que ano se passa o romance?

A redoma de vidro se passa no verão de 1953, um período marcado pela Guerra Fria, pelo consumismo, pelo conservadorismo e pelo surgimento da cultura pop.

 

Nesse contexto, Esther se sente deslocada e incomodada com os padrões impostos pela sociedade, especialmente aos jovens e às mulheres.

 

No mesmo período em que se passa a história do livro, a autora foi internada em uma clínica após uma tentativa de suicídio.

 

O tratamento dado aos pacientes psiquiátricos, à aquela época eram extremamente brutais; choque elétricos, coquetéis fortíssimos de medicamentos e tratamento sub-humano.

Quantas páginas tem a redoma de vidro?

A redoma de vidro¸ na edição da Biblioteca Azul, tem 280 página. Foi lançada em 2014, com tradução do escritor Chico Mattoso e ilustrações da própria autora.

 

A obra foi relançada após mais de 15 anos fora de catálogo, com nova tradução assinada por Ana Guadalupe e ilustrações em giz pastel da artista francesa Beya Rebaï.

 

Essa é a edição que tenho, ela é linda, tem 264 páginas. Comprei por quase 80 reais, mas hoje já está custando menos. Vale cada centavo.

 

A edição original em inglês tem 244 páginas e foi publicada pela editora Heinemann, em 1963, sob o pseudônimo de Victoria Lucas.

Quem foi Sylvia Plath?

Sylvia Plath (1932-1963) foi uma poeta, romancista e contista norte-americana, considerada uma das maiores vozes da literatura do século XX. Ela nasceu em Boston, Massachusetts, e se formou na Smith College, em 1955.

 

Ela continuou seus estudos na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, onde conheceu o poeta Ted Hughes, com quem se casou em 1956. Sylvia teve dois filhos, Frieda e Nicholas, e publicou diversos livros de poesia e contos, além de seu único romance, A redoma de vidro.

 

Ela sofria de depressão desde a adolescência e tentou se matar várias vezes. Em 1962, ela se separou de Hughes, que a traiu com outra mulher. Em 1963, ela se suicidou com gás em seu apartamento em Londres, aos 30 anos de idade.

 

Sylvia Plath recebeu o Prêmio Pulitzer de Poesia postumamente, em 1982, pelo livro The Collected Poems. Sua obra é marcada pela intensidade, pela originalidade e pela temática sombria, refletindo sua vida turbulenta e sua visão crítica do mundo.

 

A redoma de vidro foi uma das melhores leituras de 2023. Se você gostou do conteúdo, passa no nosso blog e dá uma olhada que tem muito mais!

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